Tuesday, September 25, 2007

Me dê motivo....


Um bom motivo para estar longe daqui...

Thursday, April 26, 2007

Couscous marroquino

Resolvi apresentar minha nova paixão à minha filha de 6 anos e, apesar de minha primeira opção ser uma salada de couscous com camarão (que provavelmente será a próxima experiência com couscous), acabei escolhendo um couscous marroquino com frango por pura preguiça de comprar todos os ingredientes do outro prato.
Para agradar ao paladar infantil, preocupei-me em não carregar nos temperos, além de aproveitar a sugestão da gentil Dadivosa em utilizar a alcunha "farofa" no lugar de "couscous", já que crianças em geral não gostam de nada que não tenham comido antes. Vamos então, à "farofinha" marroquina:

Ingredientes:
500g peito de frango em cubos
suco de limão, sal
curry, cominho, coentro, tudo em pó, 1 colher de chá de cada
1 colher de sopa de mel
cebola, alho
pimentão amarelo e vermelho picado, 2 colheres de sopa de cada
150g couscous
azeite, salsinha picada

Modo de preparo:
Temperar o frango com limão, sal, os temperos em pó e o mel. Deixar tomar gosto por pelo menos uma hora. Refogar alho e cebola em azeite, acrescentar o frango (aproveitando o caldo que se formou), o pimentão picadinho e cozinhar até o frango ficar macio, adicionando água se necessário (uns 10 minutos). Acrescentar o couscous e mexer até o líquido secar (menos de 5 minutos).
Para servir, regar com um fio de azeite e salpicar a salsinha picada.

Meu veredicto: Ficou gostoso mas bem suave, eu aumentaria a quantidade de curry e usaria uma pimenta malagueta pequena picadinha. Trocaria também a salsinha por coentro fresco.
Veredicto da guria: 1) Mamãe, não gostei. 2) Mamãe, só gosto de pimentão amarelo, vermelho não. 3) Mamãe, se eu comer a "farofinha" junto com o frango fica bem gostoso (por que crianças adoram desfazer o prato antes de comer? -- minha filha nunca gostou de comida "misturadinha" no prato) .

No fim das contas, testado e aprovado. Acho que na próxima vez entrego o nome verdadeiro.

Wednesday, April 25, 2007

Salada de penne ao pesto

Uma das vantagens de trabalhar em casa é poder escolher se e quando almoço em casa ou em um restaurante. Normalmente, procuro caprichar mais no jantar e almoçar na rua, já que normalmente não tenho tempo de cozinhar duas refeições todos os dias.
Quando almoço em restaurantes a quilo, tenho algumas estratégias: comer de preferência aquilo que não faço em casa, não comer massas, risoto, salmão, sushis... afinal, existe hora e lugar para tudo. Prefiro saladas, filés grelhados e quiches. Felizmente, freqüento um ou dois lugares bastante gostosos, que inclusive já me inspiraram a preparar os mesmos pratos em casa.
Dia desses, provei uma salada de rúcula com penne ao pesto que estava muito saborosa e leve. Senti que o molho não levava nozes, mas não identifiquei de imediato todos os ingredientes. Perguntei à gerente e ela me explicou a receita, que é bem simples e que reproduzi (e modifiquei) no almoço de hoje.

Ingredientes (quantidades aproximadas, varia de acordo com o gosto):
1 maço de manjericão
1/2 xícara de azeite
1 dente de alho
2 colheres de sopa de parmesão
1 colher de sopa de suco de limão

Preparo: Bater tudo no processador.

Bem, basta cozinhar o penne, escorrer e passar na água fria. Misturei ao pesto 2 colheres de sopa da água do cozimento, acrescentei azeitonas pretas em rodelas e servi com gergelim salpicado (para dar "crocância) e queijo minas padrão ralado. Fiz uma saladinha de rúcula e radichio para acompanhar, temperada pelo próprio penne. Um prato gostoso e leve!

Sunday, April 22, 2007

Não comi e não gostei?

Dia desses provei um prato para o qual sempre torci o nariz: couscous, ou cuscuz. É bom esclarecer que a imagem que me vinha à mente sempre foi aquele tal de "cuscuz paulista" , uma espécie de bolo de farinha de milho com uns legumes pedaçudos e uns ovos em rodelas por cima.
Bem, ele não tem nada a ver com o verdadeiro e delicioso couscous. Tentei reproduzir em casa a receita do restaurante:
- 150g de couscous
- 200 ml água
- 1 cebola média em rodelas fininhas
- azeitonas verdes e pretas em rodelas (umas 50-70g de cada)
- suco de um limão siciliano
- amêndoas em lascas
- manteiga, azeite, sal

Modo de fazer:
1. Ferva a água com 1 colher de azeite e uma pitada de sal.
2. Enquanto isso, toste ligeiramente as amêndoas e separadamente refogue as cebolas em azeite até ficarem macias.
3. Quando a água ferver, tire do fogo e acrescente o couscous. Espere alguns minutos (ele absorverá a água rapidamente) e adicione 1 colher de manteiga. Mexa com um garfo sobre fogo baixo por um minuto. Acrescente a cebola refogada, as azeitonas e o suco de limão. Mexa novamente e sirva com as amêndoas por cima.

A textura é indescritível, parece um arroz bem fininho e delicado. Pensei em acrescentar alguma erva picadinha mas a fome falou mais alto -- na próxima vez colocarei um pouco de cheiro verde ou coentro (sou fã!) nesse prato.

Na mesma refeição preparei o delicioso "Frango panado", que descobri no excelente Elvira's Bistrot. A única diferença para a receita original foi usar muito alecrim e orégano fresco no lugar do tomilho, além de umas lasquinhas de alho. Esse frango fica DIVINO, esta já é a segunda que preparo e ainda me surpreendo com ele.

****
Compra de final de semana: A Itália de Jamie. Acho que as próximas receitas virão de lá... já fiquei de olho em um risotto com pesto...

Tuesday, April 10, 2007

Rapidinhas

Aproveitei o feriadão para experimentar algumas coisinhas apetitosas que encontrei por aí...

*Risoto de carne-seca com abóbora das Rainhas... - uma delícia, nunca tinha preparado carne-seca em casa e confesso que foi bem mais simples do que eu imaginava. Virei fã!
*Pão de queijo com batata que vi na Akemi, que por sua vez viu no Chucrute... - uma maravilha, cheiroso, macio e rende muito (fiz apenas metade da receita). Ah, e congela super bem!


Além dessas "experiências", aproveitei para fazer coisas bem simples mas que para mim representaram um grande passo... ;):

*Pudim de leite condensado... pois é, tenho trauma de pudim, que é uma de minhas sobremesas preferidas...nunca consegui fazer um "conjunto" satisfatório -- ou a calda ficava dura, ou o pudim desmoronava ao desenformar...desta vez ficou perfeito, pena que não tirei fotos...
*Caldinho de feijão estilo botequim... com direito a paio, coentro, salsinha picada e muito, muito alho e cebola. Outra receita ridiculamente fácil: cozinhei o feijão na pressão junto com louro e paio, tirei o louro e bati feijão + caldo + paio no liquidificador com cebola, alho, coentro, pimenta malagueta. Voltei à panela com mais um pouco de água e deixei cozinhar uns dez minutos, acertando o sal só no final. Servi com bastante cheiro verde picado por cima, além de umas rodelinhas de paio fritas em separado.

Wednesday, April 04, 2007

Penne com mussarela de búfala e sardinha

À primeira vista, parece um prato que nem merece post: um almoço meio correndinho, já que estou apertada de costura e com prazos para ontem... normalmente, quando isso acontece, meu almoço acaba sendo um salgadinho fajuto na doceria aqui ao lado.
Hoje resolvi preparar algo que há muito tempo não faço: uma saladinha de massa. Fui pesquisando o que havia em casa e cheguei ao seguinte:
Ingredientes: penne grano duro, mussarela de búfala pequena, sardinhas em lata, aipo, tomate fresco, alho, azeite, pimenta, óregano.
Preparo: Primeiro, tirei as sementes do tomate, salguei, reguei com azeite e coloquei dois dentes de alho em cada metade. Salpiquei com orégano e levei ao forno médio por uns 30 minutos, até deixar o tomate bem macio. Depois de frio, coloquei em uma tigela grande, acrescentei a sardinha esmigalhada, o aipo em rodelinhas, a massa cozida e a mussarela em rodelas. Finalizei com azeite temperado de alho/pimenta e mais um pouco de orégano.

Ficou leve e muito gostoso! Olha a carinha dele:


Fudge de chocolate meio-amargo

A tarefa era preparar uma lembrancinha de Páscoa para as professoras da minha filha. Encontrei uma receita para ser preparada por crianças e resolvi experimentar.
Ingredientes: 1/2 kg de chocolate meio-amargo, 1 lata de leite condensado, 1 xícara de nozes picadas (usei castanhas), 1 colher de sopa de essência de baunilha (dispensável) e 1 pitada de sal.
Preparo: Picar o chocolate, colocar um minuto no microondas, mexer e colocar novamente por mais um minuto. Acrescentar, mexendo bem, o leite condensado, as nozes, a baunilha (se desejar) e a pitada de sal. Verter em uma forma de cerca de 15 cm de lado, forrada com papel manteiga, alisar e esperar secar bem (o ideal é esperar até o dia seguinte -- não coloque na geladeira porque endurece demais). Cortar no formato desejado e, se quiser, enfeitar com um pedaço de noz, pastilhas coloridas, etc.

Claro que fiquei com a parte mais "perigosa", como usar o microondas e abrir a lata, e minha filha de 6 anos fez boa parte da receita. Infelizmente a câmera (ou melhor , as pilhas) me deixou na mão e não pude tirar fotos do processo, mas aqui está o resultado final embrulhadinho para presente:




E uma foto do fudge (obtida na Internet mas que é bem parecida -- o meu ficou mais escuro e os pedaços de castanhas, menores):







Monday, April 02, 2007

Hamburger do Elvis e batatas palito ao forno com alecrim

Adoro o programa de culinária do Jamie Oliver. Confesso que no início o jeitinho "sou tão cool e descolado" dele me irritava um pouco, mas a verdade é que fico com vontade de preparar praticamente tudo o que ele faz. A receita que preparei no fim de semana foi "pescada" em um de seus programas e, apesar de não ser a primeira vez que a preparo, esta foi especial porque estreei meu novo brinquedinho - um processador de alimentos (ou "picadora")!
Para o hamburguer, usei 700 g de coxão mole moído no processador, temperei com cebola picada já refogada, cominho e coentro em pó, pimenta do reino e sal. Acrescentei um ovo, umas 100g de migalhas de pão de forma integral moído, 1 colher de sopa cheia de mostarda Maille com mel, umas 3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado e depois modelei os hamburgueres com um aro. Deixei uma hora na geladeira antes de preparar.
Batatas: cortei batatas em palitos, mantendo as cascas. Cozinhei por 10 minutos em água e sal, escorri, passei rapidamente na frigideira em azeite e alguns dentes de alho amassados (a gosto, no meu caso foram muitos). Espalhei numa assadeira grande (para que as batatas não fiquem empilhadas) e levei ao forno alto (230C) por uns 30 minutos. Ao tirar do forno, salpiquei uma mistura de sal, alecrim e raspas de limão.
Ficou uma delícia! E viva o Jamie!

Thursday, March 22, 2007

Lichias Africanas


Já provou?


Sopa de feijão para uma menina (quase) doente


Não tem nada melhor do que cozinhar para quem a gente ama, não é? E se a pessoinha em questão está meio abatida, meio jururu, sem achar graça em nada... é hora de preparar aquele pratinho preferido.
Bem, eu já tinha deixado um feijãozinho preto de molho, pois planejava fazer a sopa para o jantar. Como minha filha acordou meio indisposta, resolvi preparar a sopa no almoço mesmo. O feijão já estava de molho há umas duas horas, e o tempo total de preparo foi de menos de 1h30min.

Cozinhei o feijão na pressão com folhas de louro por 30 minutos. Enquanto esfriava, piquei cebola e muito alho, tendo o cuidado de deixar uns 4 dentes grandes inteiros (adoro catar no caldo os alhos inteiros cozidos e amassá-los com o garfo -- sou uma alhólotra assumida) . Pesquisei na geladeira e escolhi umas cenouras que cortei em rodelas bem fininhas e separei também um restinho de frango desfiado.

Bati os grãos de feijão com o louro e o caldo e voltei o creme para a panela, acrescentando uns 150 ml de água. Enquanto fervia em fogo baixo, refoguei a cebola e o alho e mandei para a panela do caldo. Acrescentei as cenouras em rodelas, o frango desfiado e, ao ferver, macarrão cabelo de anjo esmigalhado. Depois de uns 5 minutos, adicionei 1 colherzinha de sal e uma pitada de coentro em pó. Ao servir, coloquei por cima de cada prato um ovo cozido esmigalhado E no meu prato aquele molhinho de pimenta básico, porque sem isso feijão não existe, não é?

Tuesday, March 20, 2007

Baião de Dois Árabe

A inspiração do jantar de hoje vem do delicioso arroz com lentilhas do Rainhas. Tenho feito esse prato com alguma freqüência, mas desta vez resolvi inovar.
Primeiro, cozinhei um peito de frango com osso com legumes variados (cebola, alho poró, cenoura, dentes de alho inteiros, tomate), com o objetivo de preparar um bom caldo a ser usado no preparo do arroz. Separei o peito e passei o caldo por uma peneira. Separei os pedaços de cenoura e os alhos inteiros para preparar um purê para a filhota. Desfiei o frango e reservei.
Refoguei arroz e lentilha (deixada de molho por umas duas horas) em alho por uns 5 minutos, acrescentei pimenta síria e o caldo de legumes. Cozinhei por uns 25 minutos e quando estava quase pronto, acrescentei o frango cozido desfiado, apenas para esquentá-lo. Depois de uns 5 minutos, adicionei amêndoas em lascas, mexi um pouco e desliguei o fogo. Acrescentei uma boa xícara de queijo-minas padrão ralado e abafei por uns 10 minutos. À parte, eu tinha preparado rodelinhas de cebola fritas para servir por cima.

O resultado ficou delicioso! Ó ele aqui:

Monday, March 19, 2007

Xô, gente mal-educada!

Ai, que nervoso passei agora!
Estava eu, linda e tranqüila na fila de um Viena a quilo do xópim, calmamente me servindo de umas saladinhas pró-dieta quando a pessoa que estava na minha frente adiantou-se dois passos e eis que... a moça bem-vestida-mas-mal-educada atrás de mim enfiou-se na minha frente! Assim, na cara-dura!
Fiquei passée e depois de uns 20 segundos perguntei: "Você sempre faz isso, sempre fura a fila desse jeito?" A resposta da fofa foi: "Mas você estava se servindo!"
Com mil demônios! O que estávamos todos nós fazendo naquela fila? Qual o propósito da fila em um restaurante a quilo? Se eu estivesse batendo papo no celular, lendo um jornal, sei lá...talvez ela tivesse alguma razão, but!

O detalhe é que a fila estava parada nesse momento, ou seja, ela simplesmente se meteu na minha frente e ali ficou! Bem, no final das contas a criatura meteu o rabinho entre as pernas e voltou para seu lugar original - atrás de mim - quando viu que eu obviamente não deixaria ela continuar ali. Bem, talvez ela só tenha reparado na minha barriga de 5 meses de gravidez nesse momento, vai ver que ela é muito fina e respeita grávidas, não é, meu povo?

Depois fiquei pensando na cena e cheguei à conclusão de que talvez a maioria das pessoas ficasse calada nessa situação. Ela mesma já deve ter feito isso inúmeras vezes e certamente não encontrou uma reação parecida com a minha. Infelizmente hoje em dia educação e respeito ao próximo são considerados artigos supérfluos... Mas eu continuo achando que:


Sunday, March 18, 2007

Basbousa

Folheando uma antiga edição de Receitas Árabes da revista Cláudia, encontrei uma receita que me pareceu perfeita para um pacote de semolina comprado há tempos (a idéia original era fazer uma massa italiana caseira, mas com a preguiça fui deixando para lá).
É um bolo do jeito que Dona Preguiça aqui gosta de preparar, com ovos batidos inteiros, sem necessidade de fazer claras em neve. Juro que pretendo me aperfeiçoar nesse negócio de "bater um bolinho", mas até lá vou treinando com as receitas mais básicas mesmo (pequeno parêntese: em 15 anos de aventuras culinárias, devo ter feito bolos no máximo umas 5 vezes!).

Calda: 2 xícaras de açúcar, 1 1/2 xícara água, suco de meio limão. Dissolver o açúcar na água, juntar o suco de limão e ferver por 10 minutos, sem mexer. Deixar esfriar bem.
Bolo: 2 xícaras de semolina de trigo, 150g açúcar, 100g manteiga, 1 colher chá baunilha, 1 colher chá fermento, 1/2 colher de chá bicarbonato de sódio, 2 ovos, 1 copo de iogurte natural. Bater a manteiga com açúcar e baunilha, acrescentar os ovos, um de cada vez e bater bem. Peneirar semolina + fermento + bicarbonato e juntar essa mistura à massa, alternando com o iogurte. Despejar em uma assadeira 20 x 30 untada e enfarinhada e cobrir com amêndoas. Assar em forno médio por 35 minutos. Ao tirar do forno, regar com a calda fria o bolo ainda quente. Cortar em quadrados ou losangos e servir.


Observações: Usei 3/4 da calda, porque achei que ela poderia deixar o bolo doce demais. O problema é que a massa é naturalmente sequinha, então essa calda não foi suficiente para umedecer bem o bolo. Na próxima, usarei menos açúcar ou usarei mel ou gengibre para "quebrar" o excesso de doce da calda. Outra idéia é usar um pouquinho de leite misturado ao iogurte. No geral, adorei a consistência do bolo, parece um pouco com bolo de fubá mas com um gosto mais suave.

Friday, March 16, 2007

Risoto de camarão com alho poró

Resolvi voltar à ativa (o excesso de trabalho das últimas semanas me deixou sem disposição para cozinhar altas paradas e escrever por aqui) fazendo um prato clássico na minha cozinha: risoto italiano. Modéstia a parte, muito antes de ter virado moda eu já fazia sucesso com ele. Lembro de uma vez, em um Natal há uns 6 anos, em que me meti a fazer risoto para umas 15 pessoas.... É um prato que certamente funciona melhor em porções para 4 ou até 6 pessoas, mas foi divertido trabalhar usando praticamente um caldeirão de bruxa (e a força para mexer o arroz?)! Sem falar que ficou realmente muito bom (se não me engano, na ocasião preparei o prato com gorgonzola e nozes).

Bem, desta vez resolvi fazer um risoto de camarão e alho poró, pois ambos são campeões de preferência por aqui. Em vez do caldo de galinha pronto (nada contra o gosto, mas não gosto da aparência -- aquelas coisinhas boiando no caldo, sei lá, mil coisas, entende?), resolvi preparar um caldo caseiro (novidade para mim) e usei as cascas do camarão para incrementar um caldo de legumes:

Cascas de camarão + cebola + alhos inteiros com a casca+ cenoura + tomate + alho poró + louro + cheiro verde + pimentas secas variadas, tudo "pedaçudo" porque depois o caldo será coado. Cozinhei por cerca de uma hora, até os legumes ficarem desmanchando. Passei por uma peneira e reservei.
Risoto preparado da forma usual: refoguei cebola e alho poró picadinhos na manteiga, lancei o arroz arbório e refoguei bem. Mandei uma xícara de vinho branco e, quando estava quase seco, passei a usar o caldo de camarão/legumes. Quando estava quase pronto, acrescentei o camarão, que ficou no risoto apenas o tempo mínimo suficiente para terminar o cozimento. Não usei queijo ralado neste prato para não brigar com o camarão, mas acrescentei uma colher de manteiga no final e deixei descansar uns 5 minutos, mexi mais um pouco e servi.

Infelizmente, as fotos ficarei devendo, porque na hora H nenhuma pilha estava carregada! Fiquei frustradíssima, em especial porque usei uma wok para fazer o prato, e foi uma idéia excelente! O arroz ficou espalhado por igual (em vez de "empilhado" como nas panelas comuns), ficou pronto mais rápido mas sem comprometer o sabor. Outra dica: em vez de usar o italiano importado, usei um arroz especial para risoto da marca Camil, mais barato e que não ficou devendo nada aos primos ricos!

Saturday, March 03, 2007

Salmão com crosta de gergelim e alecrim

Há muito tempo não preparava um salmãozinho. Depois de comprar um bom filé, pesquisei o que havia na geladeira e inventei o seguinte:
Temperei os pedaços de filé com sal, pimenta do reino e limão. Reservei na geladeira e, enquanto isso, soquei bem um bom punhado de alecrim, gergelim branco e gergelim preto. Pincelei o peixe com azeite e passei os pedaços pela mistura de gergelim. Coloquei em um pirex e mandei para o forno por uns 20 minutos. Gosto do peixe úmido e um pouco cru por dentro. Ficou ótimo! E você sabia que o gergelim é muito rico em cálcio?? Para acompanhar, purê de batatas:


Thursday, February 22, 2007

Soba e frango com gergelim (ou "Aproveitando o jantar de outro dia")



Cozinhei o soba (bonitinho, não é? Ele vem embalado porção a porção) rapidamente, escorri e refoguei em óleo de gergelim torrado. Reguei com shoyu e acrescentei uns dedinhos de água, para não grudar na frigideira (se regar apenas com shoyu, você corre o risco de deixar o prato excessivamente salgado - eu já cometi esse erro). Coloquei com cuidado o franguinho que sobrou da receita abaixo, tampei a panela e deixei apurar mais um minuto.

Quando servi no prato, achei tudo muito monocromático demais, por isso salpiquei gergelim branco. Tive ímpetos de usar pimenta calabresa, pois o vermelho se destacaria mais, mas temi atentar contra o espírito oriental do prato. Na próxima vez acrescento umas lascas de pimentão verde e vermelho.




Wednesday, February 21, 2007

Frango crocante com capellini al limone


Preparei uma mistura com uma colher de sopa de farinha de trigo, cominho em pó e pimenta síria (a gosto, eu usei bastante dos dois). Untei sobrecoxas de frango com azeite, salpiquei sal, passei pela mistura de farinha e acomodei em uma assadeira untada. Por cima salpiquei uma boa quantidade de uma mistura de gergelim preto com gergelim branco. Levei ao forno por uns 20 minutos (os pedaços eram pequenos).

Para o capellini: derreti uma colher de manteiga (bem cheia) no microondas, acrescentei mais uma boa colher de raspas de limão e reguei com esse molho a massa cozida. Acrescentei nozes picadas grosseiramente e pimenta do reino moída na hora, finalizando com queijo ralado.Dica: prestar atenção ao frango, porque a mistura de farinha tem naturalmente uma cor amarronzada, o que pode fazer parecer que ele está pronto (”queimadinho”) antes da hora.

Arroz com aletria

Este post inicia a categoria Flops (fracassos e decepções) que, espero, tenha pouca presença neste blog.
Tentei fazer um prato especialmente para agradar a ala infantil da casa: arroz com cabelinho de anjo (capellini), ou arroz com aletria. Parecia fácil: refogar a massa crua no alho com azeite até dourar bem, acrescentar o arroz já lavado, refogar mais um tempo, acrescentar água e um pouco de sal. Fácil, não?
Bem, descobri que cometi alguns errinhos: o primeiro foi usar arroz integral e não considerar os tempos de cozimento tão diferentes do capellini e do arroz integral. Além disso, não deixei a massa ficar bem douradinha (na verdade, ela deve praticamente fritar). O resultado foi um arroz bem durinho (mas comestível) e um macarrão beeem molinho, quase uma papinha (blé). A aparência? Praticamente um risoto italiano de capellini. O gosto ficou bom: no meu prato, caprichei na pimenta-do-reino moída na hora e acrescentei queijo ralado. No da guria, somente queijo ralado.
Aliás, o público-alvo ADOROU. E acho que isso é o que importa, não é?? Infelizmente, não tive nem coragem de fazer fotos…

Conchiglione recheado com ricota e espinafre


Inspirei-me em uma receita da Rainha Faby (aliás, o Rainhas tem sido a inspiração mais constante na minha cozinha) para este prato. Aliás, foi mal aê, ainda não sei linkar para a receita exata, quando aprender coloco aqui… mas a inspiração foi o Conchiglione com Ricota, Tomate Seco e Damasco.

Bem, estou no núcleo pobre da novela, então abri mão da massa importada e fui de Adria mesmo, que custa menos da metade. O resultado? Crianças, a Adria não decepcionou: continuou firme o suficiente para ser recheada e apenas algumas conchas se partiram. Fiz o pacote todo (4 porções) para dois adultos e uma criança, e foi mais do que suficiente (meu plano era que sobrasse um pouco para a fominha básica de fim-de-semana preguiçoso). Apenas 6-8 conchas não foram aproveitadas.

Para o recheio, misturei espinafre cozido e picado com 1/2 kg de ricota, azeite, sal, pimenta e noz moscada. Sobrou MUITO recheio, que ficou guardado na geladeira para virar sanduíche. Como eu já previa isso, usei apenas creme de leite e azeite para a liga, e não ovo (para não consumi-lo cru depois).

O molho foi um bolonhesa básico, feito em casa com tomate pelado, carne moída, muita cebola e alho, páprica, um pouco de bacon e manjericão no finalzinho. Coloquei as conchinhas em um refratário, cobri com o molho e levei ao forno por 20 minutos (o ideal é cozinhar na panela uns 7 minutos para a massa continuar BEM firme e completar o cozimento no forno).

Uma delícia! Aprovado por todos nós! Não sobrou NADA para o dia seguinte!

Pão de queijo mineiro


Desde que escolhi o nome para o blog, fiquei com uma enorme vontade de fazer um pão de queijo “de raiz”. Sim, senhoras e senhores, não tenho vergonha de dizer que, apesar de todo o meu apreço por essas bolinhas douradas, sempre dependi da bondade de estranhos para poder desfrutá-los! Na verdade, há vários anos podemos comprar pãezinhos congelados de excelente qualidade — o que, na prática significa que algumas pessoas nem sabem que o polvilho é um dos seus principais ingredientes!Não encontrei o queijo meia-cura e fui de minas padrão ralado, planejando incluir um bom punhado de parmesão — quem conhece o sabor do meia-cura sabe que ele tem um “quê” de queijo mais forte, que o minas não costuma ter (de acordo com a receita, na proporção de 250g queijo para 500g de polvilho - claro que caprichei e usei um total de uns 400g de queijo).
Para um pacote (500g) de polvilho doce, fervi 1 copo de leite junto com 1/2 copo de óleo e uma colherzinha de sal. Acrescentei a mistura fervida ao polvilho mexendo bem para incorporar o líquido. Como me pareceu meio seco, fervi mais um tico de leite, talvez 50 ml, e acrescentei à massa. Esse passo depois me pareceu desnecessário, pois a massa ficou mole demais para ser enrolada com as mãos.Adicionei 3 ovos inteiros, um de cada vez, mexendo bem, e depois a mistura queijo minas+parmesão aos poucos, sempre mexendo bem com uma colher. Para quem gosta de meter a mão na massa, essa é a hora. Como parecia que a massa ia ficar meio mole, sabiamente continuei a utilizar a colher.(E descobri a falta que uma colher de pau faz — na falta desse utensílio, apelei para uma colher de teflon, que mostrou-se inacreditavelmente molenga e inapropriada para a função, funcionando quase como uma catapulta de massa, motivo pelo qual voltei para a colher de sopa comum. Lista de compras: uma boa colher de pau!).
Fiz as bolinhas com duas colheres, colocando-as em assadeira não untada, com um espaço razoável entre elas, já que a massa ainda vai crescer (na verdade, “espalhar” um pouco). Em 20 a 30 minutos de forno 200 C os pãezinhos já estão bem dourados.

Veredicto: Ótima aparência, sabor um pouco suave demais, talvez mais indicado para ser recheado com pastinhas temperadas ou para que sirva de “base” para tomate seco, ervas finas variadas ou pedaços de azeitona / salaminho incorporados à massa. Na próxima vez pretendo usar o meia-cura ou algum queijo mais forte, como provolone ou apenas parmesão.

Por que pão de queijo?

Bem, apesar de hoje em dia estar bem mais “calma”, creio que o pão de queijo é uma das comidinhas que mais consumi na vida… Desde pequena, sempre tive fascinação por esta bolotinha quentinha, macia, cheirosa… e, na minha infância, não havia essa facilidade toda dos pães de queijo congelados, então o negócio era ir para a cozinha e amassar muuiiito polvilho…
Lembrança de infância é a loja de pão de queijo que ficava em uma galeria da Ataulfo de Paiva, em frente à Igreja Santa Mônica, alguém lembra? Nem eram exatamente tradicionais, na verdade pareciam um pouco um sanduíche, pois eram grandes (na verdade, enormes), cortados e recheados com salaminho, presunto, cremes de queijo, cebola, etc (mas para meu ávido paladar infantil, muito gostosos). Havia outra loja parecida, na mesma Ataulfo, mas do lado do Baixo Leblon… Ah, lembranças de infância… Fico só pensando no que minha filha vai lembrar quando crescer…