Thursday, February 22, 2007

Soba e frango com gergelim (ou "Aproveitando o jantar de outro dia")



Cozinhei o soba (bonitinho, não é? Ele vem embalado porção a porção) rapidamente, escorri e refoguei em óleo de gergelim torrado. Reguei com shoyu e acrescentei uns dedinhos de água, para não grudar na frigideira (se regar apenas com shoyu, você corre o risco de deixar o prato excessivamente salgado - eu já cometi esse erro). Coloquei com cuidado o franguinho que sobrou da receita abaixo, tampei a panela e deixei apurar mais um minuto.

Quando servi no prato, achei tudo muito monocromático demais, por isso salpiquei gergelim branco. Tive ímpetos de usar pimenta calabresa, pois o vermelho se destacaria mais, mas temi atentar contra o espírito oriental do prato. Na próxima vez acrescento umas lascas de pimentão verde e vermelho.




Wednesday, February 21, 2007

Frango crocante com capellini al limone


Preparei uma mistura com uma colher de sopa de farinha de trigo, cominho em pó e pimenta síria (a gosto, eu usei bastante dos dois). Untei sobrecoxas de frango com azeite, salpiquei sal, passei pela mistura de farinha e acomodei em uma assadeira untada. Por cima salpiquei uma boa quantidade de uma mistura de gergelim preto com gergelim branco. Levei ao forno por uns 20 minutos (os pedaços eram pequenos).

Para o capellini: derreti uma colher de manteiga (bem cheia) no microondas, acrescentei mais uma boa colher de raspas de limão e reguei com esse molho a massa cozida. Acrescentei nozes picadas grosseiramente e pimenta do reino moída na hora, finalizando com queijo ralado.Dica: prestar atenção ao frango, porque a mistura de farinha tem naturalmente uma cor amarronzada, o que pode fazer parecer que ele está pronto (”queimadinho”) antes da hora.

Arroz com aletria

Este post inicia a categoria Flops (fracassos e decepções) que, espero, tenha pouca presença neste blog.
Tentei fazer um prato especialmente para agradar a ala infantil da casa: arroz com cabelinho de anjo (capellini), ou arroz com aletria. Parecia fácil: refogar a massa crua no alho com azeite até dourar bem, acrescentar o arroz já lavado, refogar mais um tempo, acrescentar água e um pouco de sal. Fácil, não?
Bem, descobri que cometi alguns errinhos: o primeiro foi usar arroz integral e não considerar os tempos de cozimento tão diferentes do capellini e do arroz integral. Além disso, não deixei a massa ficar bem douradinha (na verdade, ela deve praticamente fritar). O resultado foi um arroz bem durinho (mas comestível) e um macarrão beeem molinho, quase uma papinha (blé). A aparência? Praticamente um risoto italiano de capellini. O gosto ficou bom: no meu prato, caprichei na pimenta-do-reino moída na hora e acrescentei queijo ralado. No da guria, somente queijo ralado.
Aliás, o público-alvo ADOROU. E acho que isso é o que importa, não é?? Infelizmente, não tive nem coragem de fazer fotos…

Conchiglione recheado com ricota e espinafre


Inspirei-me em uma receita da Rainha Faby (aliás, o Rainhas tem sido a inspiração mais constante na minha cozinha) para este prato. Aliás, foi mal aê, ainda não sei linkar para a receita exata, quando aprender coloco aqui… mas a inspiração foi o Conchiglione com Ricota, Tomate Seco e Damasco.

Bem, estou no núcleo pobre da novela, então abri mão da massa importada e fui de Adria mesmo, que custa menos da metade. O resultado? Crianças, a Adria não decepcionou: continuou firme o suficiente para ser recheada e apenas algumas conchas se partiram. Fiz o pacote todo (4 porções) para dois adultos e uma criança, e foi mais do que suficiente (meu plano era que sobrasse um pouco para a fominha básica de fim-de-semana preguiçoso). Apenas 6-8 conchas não foram aproveitadas.

Para o recheio, misturei espinafre cozido e picado com 1/2 kg de ricota, azeite, sal, pimenta e noz moscada. Sobrou MUITO recheio, que ficou guardado na geladeira para virar sanduíche. Como eu já previa isso, usei apenas creme de leite e azeite para a liga, e não ovo (para não consumi-lo cru depois).

O molho foi um bolonhesa básico, feito em casa com tomate pelado, carne moída, muita cebola e alho, páprica, um pouco de bacon e manjericão no finalzinho. Coloquei as conchinhas em um refratário, cobri com o molho e levei ao forno por 20 minutos (o ideal é cozinhar na panela uns 7 minutos para a massa continuar BEM firme e completar o cozimento no forno).

Uma delícia! Aprovado por todos nós! Não sobrou NADA para o dia seguinte!

Pão de queijo mineiro


Desde que escolhi o nome para o blog, fiquei com uma enorme vontade de fazer um pão de queijo “de raiz”. Sim, senhoras e senhores, não tenho vergonha de dizer que, apesar de todo o meu apreço por essas bolinhas douradas, sempre dependi da bondade de estranhos para poder desfrutá-los! Na verdade, há vários anos podemos comprar pãezinhos congelados de excelente qualidade — o que, na prática significa que algumas pessoas nem sabem que o polvilho é um dos seus principais ingredientes!Não encontrei o queijo meia-cura e fui de minas padrão ralado, planejando incluir um bom punhado de parmesão — quem conhece o sabor do meia-cura sabe que ele tem um “quê” de queijo mais forte, que o minas não costuma ter (de acordo com a receita, na proporção de 250g queijo para 500g de polvilho - claro que caprichei e usei um total de uns 400g de queijo).
Para um pacote (500g) de polvilho doce, fervi 1 copo de leite junto com 1/2 copo de óleo e uma colherzinha de sal. Acrescentei a mistura fervida ao polvilho mexendo bem para incorporar o líquido. Como me pareceu meio seco, fervi mais um tico de leite, talvez 50 ml, e acrescentei à massa. Esse passo depois me pareceu desnecessário, pois a massa ficou mole demais para ser enrolada com as mãos.Adicionei 3 ovos inteiros, um de cada vez, mexendo bem, e depois a mistura queijo minas+parmesão aos poucos, sempre mexendo bem com uma colher. Para quem gosta de meter a mão na massa, essa é a hora. Como parecia que a massa ia ficar meio mole, sabiamente continuei a utilizar a colher.(E descobri a falta que uma colher de pau faz — na falta desse utensílio, apelei para uma colher de teflon, que mostrou-se inacreditavelmente molenga e inapropriada para a função, funcionando quase como uma catapulta de massa, motivo pelo qual voltei para a colher de sopa comum. Lista de compras: uma boa colher de pau!).
Fiz as bolinhas com duas colheres, colocando-as em assadeira não untada, com um espaço razoável entre elas, já que a massa ainda vai crescer (na verdade, “espalhar” um pouco). Em 20 a 30 minutos de forno 200 C os pãezinhos já estão bem dourados.

Veredicto: Ótima aparência, sabor um pouco suave demais, talvez mais indicado para ser recheado com pastinhas temperadas ou para que sirva de “base” para tomate seco, ervas finas variadas ou pedaços de azeitona / salaminho incorporados à massa. Na próxima vez pretendo usar o meia-cura ou algum queijo mais forte, como provolone ou apenas parmesão.

Por que pão de queijo?

Bem, apesar de hoje em dia estar bem mais “calma”, creio que o pão de queijo é uma das comidinhas que mais consumi na vida… Desde pequena, sempre tive fascinação por esta bolotinha quentinha, macia, cheirosa… e, na minha infância, não havia essa facilidade toda dos pães de queijo congelados, então o negócio era ir para a cozinha e amassar muuiiito polvilho…
Lembrança de infância é a loja de pão de queijo que ficava em uma galeria da Ataulfo de Paiva, em frente à Igreja Santa Mônica, alguém lembra? Nem eram exatamente tradicionais, na verdade pareciam um pouco um sanduíche, pois eram grandes (na verdade, enormes), cortados e recheados com salaminho, presunto, cremes de queijo, cebola, etc (mas para meu ávido paladar infantil, muito gostosos). Havia outra loja parecida, na mesma Ataulfo, mas do lado do Baixo Leblon… Ah, lembranças de infância… Fico só pensando no que minha filha vai lembrar quando crescer…